quarta-feira, 23 de junho de 2010

"aonde eu entrego? "

Ali estavam os dois, enquanto o silêncio imperava, pela cabeça dele, pensamentos que iam de “amor a zona” e imaginações sobre “essas tais simplicidades” e bem quando por sua cabeça passavam questionamentos sobre quais seriam “as cores dela” ela quebrou o silêncio:


[ela] - As vezes sinto falta de mim...

[ele] - Eu também.

[ela] - Também sente falta de si?

[ele] - Não. De ti.

Foi quando a silêncio novamente voltou e mais uma vez foi quebrado por ela:

[ela] - O quê você gostaria de ter?

[ele] - Um abraço, por agora, me bastava. E você?

[ela] - Não sei, mas, talvez, tempo.

[ele] - Você tem. Todo o tempo do mundo

[ela] - Eu quero voar.

[ele] - Se quiser eu tento contigo

[ela] - Seria necessário muito vento.

[ele] - Vento? Eu invento.



Nesse momento, ela se virou, saiu andando e disse:



[ELA] - EU QUERIA A LUA.



E de repente, escutou quando ele chamou pelo seu nome, parou e olhou para trás....

segunda-feira, 21 de junho de 2010

E lá vamos nós.

Tem dias que a Saudade bate, bate e bate com força, na cara, de mão aberta e assim, a vida, que judia mesmo quando ensina, aproveita o momento para tripudiar de nós e não nos deixar esquecer
que ela é dura, fria e as vezes covarde. Aí é a hora de ter força e saber que mesmo contrariados, não estamos derrotados. Aí é a hora de se levantar, bater a poeira da roupa e ter consciência de que tem dias em que se beija o chão, mas também tem os dias de beijar boca.



terça-feira, 15 de junho de 2010

"Mundo moderno, marco malévolo."

Ai que saudade da minha infância...

Ai que saudade do tempo em que a molecada se divertia soltando Pipa e jogando Baleba e as meninas brincavam de boneca.

Do tempo em que funk era Claudinho e bochecha, Márcio e Goró e MC Marcinho e que as letras diziam “gatinha, quero te encontrar”, “me encantando no sonho de um adolescente que não conseguiu amar” e “amor, por que você me trata assim, apenas quero te fazer feliz”.

Saudade do tempo em que fotos não eram tiradas pra colocar no Orkut e sim para lembranças, aliás, do tempo em que se quer existia Orkut e jogar super Mário e super star soccer no Super Nintendo era o máximo.

Em que se mandava cartinhas para dizer “eu te amo” e não scraps, depoimentos ou textos em Blog. 

Do tempo que as crianças tinham tamagotsh e não aparelho celular e que maquiagem era coisa de gente grande.

Músicas tinham coreografias e dançar na boquinha da garrafa era até inocente.

Do tempo em que não existia rebeldes e sim chiquititas e TV colosso era muito divertido

Saudade até mesmo de quando merthiolate ardia

Saudade do tempo em que a vida era menos louca.

Queria saber quem acelerou o mundo assim...

Hoje, pra conversar em particular com a pessoa que mora comigo e está sentada a menos de um metro de mim, mando uma mensagem por MSN.

Se esquecemos o celular em casa, coisa que a pouco tempo atrás nem tínhamos, é um Deus nos acuda.

Levantamos de manha e antes de tomar café o computador está ligado.

Conhecemos o significado de VC, MSM, BJ, DPS, XAU, NAUN e tantas outras mais.

As vezes o telefone toca em casa e ao atendermos falamos a nome da firma e quantas vezes pra ligar do nosso próprio lar apertamos 0 ...

Se nosso computador para de funcionar, parece que quem parou foi nosso organismo.


Pra quem está nessa, Bem vindos ao mundo moderno.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Em clima de Copa?

Futebol é coisa séria! Eu me lembro já ter dito isso aqui, também me lembro de ter dito que não tocaria nesse assunto, mas poh, Copa do mundo é copa do mundo né. Época em que o patriotismo toma conta de cada cidadão, que todo mundo torce em conjunto, até os bancos fecham em horário comercial, então vale um post.


A copa do Mundo está ai, batendo à porta, e na teoria, o país era pra estar eufórico, eu então, maníaco por futebol como sou, nas edições anteriores já estaria com camisa, peruca verde e amarela, cornetas, ops, esse ano é “vuvulzela”, de pronta mão, mas confesso que essa euforia ainda não tomou conta de mim. Não sei se o problema é só comigo, mas também não tenho visto muito disso por aí. Ruas pintadas, bandeirinhas penduradas, fitas verde e amarela, carros dizendo “rumo ao hexa”. Tenho até visto pessoas dizendo “sou Espanha”. “Vou torcer pra Argentina”.

O motivo, eu não sei, mas acredito que seja a falta de carisma dessa Seleção do Dunga. Confesso que não tenho muito apego à ela. Claro que quando a bola rolar, lá estarei eu, gritando, xingando, vibrando e sofrendo como a grande maioria dos brasileiros. Mas aí entra uma coisa, a Seleção Brasileira sempre foi um “bem” do povo. Mesmo quando o futebol não era tão artístico como, por exemplo, em 94, tínhamos Ricardo Rocha, Bebeto, Romário, tão gênios com a bola nos pés quanto carismáticos. Já tivemos Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Taffarel. Hoje vemos Felipe Melo, um brucutu de chuteiras que se acha craque e ainda teve a cara de pau de se sentir ofendido quando um Jornalista, que por sinal é ótimo (Paulo Vinicius Coelho-ESPN Brasil), perguntou a ele se poderíamos esperar do Felipe Melo mais produtividade do que ele vem mostrando na Juventus. Hoje temos uma penca de jogadores que não tem história alguma em algum time de seu próprio país. Gilberto, não é tão bem visto nem mesmo pelos cruzeirenses. Michel Bastos, com todo o respeito ao Figueirense, se for ídolo é do time catarinense. Já até ouvi dizer que ele é muito bom no Playstation, mas eu sou da época do dynavision, e também da época que quem era bom era o Alejo, no super Nintendo, então pra mim isso não faz muita diferença. Josué, Elano, Doni, puts, tenho tanto apreço por eles quanto a um zagueiro da Costa do Marfim. Esses dias vi a seleção jogar contra a Tanzânia, e como disse Bruno Mazzeo, “ eu não conhecia esse país. Tem no War?”. Por falar em Bruno Mazzeo, lendo o que ele disse sobre a seleção, sou obrigado a concordar com o mesmo. “falta ao escrete canarinho carisma”

Pausa no sofrimento que atualmente é (pelo menos pra mim) o brasileirão, entre em campo a copa do mundo e mesmo sem carisma, ainda aposto que a “coerência” do Dunga (isso pra não dizer outra coisa) calará críticos como eu, e será capaz de me trazer a euforia de uma copa do mundo de volta. Se a seleção fracassar ou mais uma vez for campeã, pelo menos não terei de ouvir ninguém me sacaneando.



Boa Copa pra todos nós.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A benção...

Eu quero pedir a bênção, mas não “a bênção, João de Deus”. Quero a Bênção para João, que também é de Deus. Quero a bênção e que ele, mesmo nas incertezas de um caminho tão difícil, tenha certeza de que pode contar com os amigos. Amigos que eu, muito honrosamente, com ele compartilho. Amigos desde quando? Só Deus sabe. Amigos até quando? Essa eu sei. Pra sempre. Já ouvi dizer que “amigo” é uma palavra fácil de pronunciar, porém difícil de ter. Desculpem-nos, somos a exceção que faz a regra. Nós nunca tivemos um amigo, sempre tivemos, ou melhor, sempre fomos um grupo inteiro de amigos abertos a receber mais e mais amigos. Os caminhos mudaram, os objetivos e os prazeres também, mas, mesmo longe, continuamos juntos e mesmo nos desencontros e desentendimentos, a amizade nos faz nos encontrarmos e nos entendermos. Se um dia tudo se acabar, a amizade nos dará força suficiente para começarmos tudo novamente, de um jeito singular e único para que cada momento que vivermos juntos, seja guardado para sempre, por que isso é bênção. Então que a bênção não venha tão somente para João, que é de Deus, que venha para Joãos, Thiagos, Jefersons, Rafaels, Natanaels, Romeros, Estéfanos, Marlens, Mariels, Robertos, Geraldos, Millers e agregados, que também são de Deus. Amigos, filhos, pais, a versão mais profunda de pessoas que se querem verdadeiramente bem, que se estimam, se respeitam e que sustentam uma amizade baseada na cumplicidade dos momentos feitos para dividir as tristezas e multiplicar as alegrias.


Quando deixarmos de existir, a amizade continuará, assim, caso venhamos a nascer de novo, por ela, saberemos nos encontrar.





E Agora, para finalizar esse post, com a licença dos musicalmente diferentes e uma citação ao novo amigo, Nélio Souto e à musica que sua avó cantava quando ele era criança. “eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar”