segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um olhar "estrangeiro"

Domingo, dia 03 de outubro de 2010, dia em que o Brasil “parou” para definir seu futuro. Pela primeira vez, desde que pude começar a exercer o meu direito de voto, eu não estava presente na zona 43, seção 16, cidade de Natividade, RJ para exercer o meu direito, mas não me ausentei por completo de Natividade: sem poder votar por lá, justifiquei meu voto e fiquei atento a tudo que acontecia, acompanhando de longe através da cobertura do Portal Natividade e também da Rádio Natividade FM pela web.


Para começar, não posso deixar de dizer que senti saudade da terrinha e que passou um filme na cabeça, lembrando das eleições em que eu participava das transmissões pela Radio Natividade. Também fico orgulhoso com o trabalho do pessoal do Portal Natividade, cada vez mais multimídia.

Passando a fase das lembranças, das saudades, deixando o sentimento de lado, veio a fase, digamos que técnica, crítica e confesso que não foi muito animadora. A primeira pergunta que veio a mente: O que será do Rádio em Natividade quando o grande Vanderson Garcia decidir parar ou não puder mais exercer sua profissão? Ah, vale lembrar que ser competente como ele, não significa tentar ser uma cópia do mesmo.

Por mais que eu quisesse, as críticas não pararam de me atormentar. O trabalho de cobertura da Rádio Natividade é bom, rápido, pontual, porém, que áudio foi aquele? Que o Vanderson é o único radialista preparado para fazer o trabalho eu entendo, mas então, que colocasse uma equipe dividida em cada local de votação pegando os dados e enviando-os para o mesmo que deveria estar no estúdio, com um áudio limpo e não pelo telefone, com áudio abafado e com “buracos” quando era para passar do estúdio para o telefone e do telefone para o estúdio. Mesmo com os “problemas” na transmissão da Rádio Natividade FM, a informação, que era realmente o mais importante, era ótima. Junto com as notas constantes do Portal Natividade, faziam uma dobradinha redonda.

E aí, começaram a surgir algumas surpresas, pelo menos pra mim, que estava mais por dentro da política mineira do que fluminense. O criticado Garotinho, sempre apontado como ladrão, questionado, foi o deputado mais votado em Natividade e com muita diferença para o segundo. Outra curiosidade que me atentei. Na disputa presidencial estavam Serra, do PSDB, partido do atual prefeito e Dilma, do PT, partido do atual vice-prefeito (isso se nada mudou na mistura de água e azeite). Bom, o Tucano ganhou da petista em Natividade, foi quando pensei que o prefeito estava com o eleitorado em dia. Depois veio, talvez minha maior surpresa e essa foi a votação do Peregrino para governador do estado. Até cheguei a pensar que podia ser mais uma demonstração de força do questionado Garotinho, mas pelo Twitter, “ouvi” outro nome: Luis Carlos Machado, o popular Agudo. Ficou a dúvida no ar.

Depois do resultado definido, pelo menos em Natividade, Vanderson Garcia de volta aos estúdios da radio Natividade, na Rua Dr. Raul Travassos n 1, Centro. (eu estava ouvindo mesmo) e o áudio ótimo, informação melhor ainda, achei outro “problema”, senti falta de interatividade com o ouvinte, principalmente com os que estão longe da terrinha assim como eu. (Tá na hora de começar a pensar nisso).

Entrevista com o prefeito e que, por ostentar esse título, podia ser mais preparado para falar em público, mas acho que isso é só implicância minha mesmo. Porém, a entrevista também não foi lá essas coisas, na verdade, acho que nem posso dizer que foi uma entrevista e sim uma abertura de espaço para ele falar o que queria. Depois dizem que é publicitário que vende a alma, talvez esteja na hora dos senhores jornalistas assumirem algumas posturas, mas deixa isso pra lá. Como eu ia dizendo, foi justamente na hora da entrevista que senti mais falta ainda da interatividade com o ouvinte, pois gostaria muito de saber do prefeito, se ele não achava que a quantidade de votos do candidato Peregrino, não tinha a ver com o apoio do ex- prefeito. Gostaria também de saber outras coisas, mas, ah, eu não sou jornalista e nem moro em Natividade mais, não é mesmo? Talvez eu deva estar querendo saber demais.

Pra não dizer que não critiquei em nada o Portal Natividade, faltou responder aos questionamentos do twiter.

O circo da política em nosso país ainda não acabou, dia 31, justo no dia das bruxas, teremos o resto da definição. Tomara que as Bruxas não estejam soltas...

2 comentários:

  1. política é difícil de entender né...
    jornalismo e jornlistas també, eu acho.

    belo texto (aliás, seus textos estão cada vez melhores)

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  2. Thiago,como disse e incentivei a escrever o texto,toda trabalho exposto publicamente,como é o caso do nosso (Portal Natividade) e da rádio Natividade,está sujeito à críticas.Há,no entanto,críticas e críticas,não.Existem aquelas que são apenas falar por falar,por despeito.Mas te conhecendo um pouco,acho o suficiente para aclamar sua crítica construtiva.Sei que gosta de Natividade e torce pelo desenvolvimento da mesma em todos os sentidos.Por isso,se indigna,o que é totalmente válido.Quem dera existisse mais pessoas como vc,que criticassem e ao mesmo tempo sugerisse onde as mudanças deveriam ocorrer.Da nossa parte,tem minha palavra de que vamos continuar tentando até um dia alcançarmos,quem sabe,não a excelência,mas o suficiente para fazermos um bom trabalho,tendo sempre a informação como o nosso produto maior.Não posso falar pela rádio,mas...vc entende...

    Parabéns por mais um texto ótimo!

    Bjsssssssss

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